Ao fazer uma análise de casos concretos de acidentes de trabalho, o auditor fiscal do Ministério do Trabalho, Bianor Salles Cochi, alertou para situações  em que são sufocadas nos erros dos trabalhadores, e a necessidade de ampliar o campo de análises para identificação dos fatores, com foco amplo, não somente embasado no erro do trabalhador. "Assim é possível ampliar a determinação de medidas de controle e identificar melhor os fatores que influenciam para que o acidente ocorra, que às vezes não é só aquela situação do trabalhador em si, mas saber porque ele errou, porque aconteceu a falha, ou outras situações que geraram o acidente", explicou o auditor fiscal.

O procurador-federal da Advocacia Geral da União (AGU), João Filipe Casagrande Morelato, explanou que a AGU tem uma atuação prioritária e proativa na concretização da política pública de prevenção de acidente de trabalho, e que adotam ações regressivas relacionadas ao trabalho. "O principal remédio processual que nós temos para poder fazer a concretização dessa política pública é a Ação Regressiva Previdenciária Acidentária", finalizou.

Em sua explanação sobre o combate as doenças mentais no trabalho, estratégias de manejo e prevenção, a psicóloga Gesica Borges Bergamini ressaltou que o ideal é que se faça uma reflexão sobre o autocontrole, o autoconhecimento e as estratégias que  podem ser utilizadas para enfrentar o cotidiano do trabalho. "Uma análise das dificuldades que eu enfrento no dia a dia, e como posso enfrentar e ser mais resiliente para não chegar a um estado de adoecimento", argumentou  ainda, que esse controle pode ser efetivado também com suporte de um psicólogo.