Correição Participativa é adotada como prática inovadora pelo futuro Presidente e Corregedor da Justiça do Trabalho


Com 21 anos na magistratura de primeiro grau e diversos anos como servidor público, o desembargador do trabalho Ilson Alves Pequeno Junior, quando assumiu por delegação a responsabilidade de realizar correições ordinárias em diversas Varas do Trabalho do Tribunal, adotou uma nova metodologia correicional, imprimindo um viés participativo. O Desembargador é estudioso da atividade correicional e durante sua vida profissional compilou diversas propostas de sofisticação dessa atividade.
Após colocar em prática a nova metodologia em algumas varas do trabalho de diferentes movimentações processuais, que foram escolhidas de forma aleatória, a nova prática correicional foi formatada, em definitivo, e diante da alta receptividade ao novo método por servidores, o vice presidente em exercício do TRT da 14ª Região definiu, durante a correição da Vara do Trabalho de Machadinho d'Oeste, que a correição no biênio 2013/2014 será uma Correição Participativa.
A nova metodologia é fruto da experiência como servidor e como magistrado no âmbito da 14ª Região. "Hoje posso afirmar que estive em todos os lados da atividade correicional. Como servidor, como magistrado de primeiro grau e hoje como desembargador no exercício da corregedoria e sentia a necessidade de contribuir para o aperfeiçoamento dessa atividade, que, no meu ponto de vista, amparado por forte clamor de magistrados e servidores, carecia de uma ruptura paradigmática, com a ampliação do caráter efetivamente pedagógico e da utilização da ata correcional como uma ferramenta de motivação, gestão e construção de mudanças", destacou Pequeno Junior.
A prática inovadora.

De forma serena, pedagógica e pragmática os servidores da unidade participam de todas as fases da correição, acompanhando a coleta de dados e as oportunidades de melhorias verificadas. Utilizando-se de método atraente, o conhecimento, a informação e correção de atos, ações ou métodos implantados na unidade correicionada ocorrem de forma crítico-reflexiva, assegurando um aprendizado perene e fecundo, impactando de forma positiva, a curto e médio prazo, significativamente, o desempenho das unidades jurisdicionais e, por conseguinte, do Tribunal Regional.
Com metodologia inédita e inovadora, a prática adotada pelo Desembargador em função correicional, convida servidores a participarem da correição, possibilitando maior interação com a equipe correicional, sob a orientação do Corregedor, participando da coleta de dados, da contagem de prazos processuais e subsidiam o preenchimento dos formulários da correição.
Em uma segunda mobilização, os membros da equipe correcional, Charles Cezemer Pereira de Morais e Cezar Luis Gomes Lôbo, secretário da Corregedoria Regional, ambos com vasta experiência nos trabalhos de primeiro grau, promovem análises e reflexões acerca das práticas cartoriais e fluxo das tarefas empregadas, procurando otimizar os resultados e disseminando boas práticas processuais e ferramentas desenvolvidas por conta da sua vivência profissional, bem assim daquelas colhidas por ocasião das realizações das correições nas demais unidades.
Após a coleta de dados e confeccionada, a ata de correição é exibida em projetor multimídia, permitindo uma leitura coletiva por servidores e magistrados e após, oportunizada a manifestação de cada membro da unidade correicionada, para que de forma sincera e transparente, teçam comentários a respeito das pontuações abordadas em busca de soluções e aperfeiçoamento da prestação jurisdicional.
Ao final da Correição é apresentado um vídeo motivacional, cujo escopo é definir a ata de correição como um instrumento de correção de rota e gestão, com foco na busca de soluções, conclamando, em razão da crescente construção atual da figura do Juiz Gestor, ao aperfeiçoamento da gerência das atividades jurisdicionais e apresentando a Corregedoria como uma parceira das unidades jurisdicionais.
A nova prática também tem por objetivo despertar em cada servidor o sentimento de gestão, transformando-o no gestor dos processos da sua unidade. Corrigindo erros, evitando retrabalho e implementando novas e salutares práticas na rotina da secretaria da Vara, com vista a prestar uma atividade jurisdicional com qualidade e celeridade, eleva-se esse sentimento para as demais atividades da unidade, seja de cunho judicial ou administrativo.
Da receptividade
O servidores da Vara do Trabalho de Machadinho d'Oeste falaram sobre a nova prática, destacando o clima cordial, sereno, pedagógico, transparente e cortês em que a atividade correicional ocorreu, sendo unânimes em declarar apoio à inovação aplicada na Correição.
Eduardo Alcenor de Azevedo junior, diretor de secretária da Vara, destacou que a arquitetura adotada, de forma surpreendente, desmistifica a correição e internaliza o conhecimento. "Esse método de correição transmite conhecimento e ensina as 'regras do jogo', evitando o cometimento de erros na rotina. Hoje entendi como otimizar os prazos processuais, sem infringir os parâmetros correicionais", destacou.
Leila Soares Oliveira e Edson Pereira da Silva, servidores requisitados, pontuaram a grande mudança de método denominado-o como uma "correição de portas abertas", oportunizando o conhecimento não só dos erros, mas também da forma de como corrigi-los, impedindo a repetição dos mesmos.
"Durante o processo de ambientação oferecido pelo Tribunal, quando tomamos posse, adquirimos conhecimentos sobre a rotina do Regional, mas durante a correição foi possível obter sólidos conhecimentos ligados as minhas atividades práticas, que evitarão retrabalho e o cometimento de erros", enfatizou a servidora Bianca Ranow, que participou da sua primeira correição.
Para Cezar Lôbo, secretário da Corregedoria Regional, o novo padrão de correições tem se mostrado eficiente, pois passou a ser realizada em três dias, ao invés de dois, e sem a realização de audiências na unidade correicionada, assim a metodologia tem propiciado ao Corregedor efetiva integração com os magistrados e servidores, com mais tempo para dialogar e trocar ideias com todos, conhecendo melhor a realidade local. "Temos constatado com grande satisfação que os servidores tem visto com bastante entusiasmo a oportunidade que lhes é dada de participarem da correição, sob orientação da equipe correicional, aprendendo com os próprios erros, e de ler em grupo, comentar e, se necessário, sugerir alterações na Ata da correição, antes de sua assinatura, o que destaca o caráter participativo do modelo".
Com informações da Secretaria da Corregedoria Regional
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