Na defesa da igualdade e equidade racial e na construção de estratégias coletivas de enfrentamento do racismo e do sexismo, o Ciranda Pretas: Justiça é uma Mulher Negra - I Congresso Internacional de Juristas Negras, realizado no último dia 25, no Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, contou com o apoio da Vara do Trabalho de Rolim de Moura, que contribuiu destinando R$ 12 mil reais para custeio da gestão e comunicação digital, locação de espaço, vídeo e transmissão, iluminação e cachê de artistas e palestrantes do evento. O recurso é proveniente de multas aplicadas por descumprimentos em processos trabalhistas.

O evento teve como destaque os objetivos 10 e 5 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - Agenda 2030, “promoção da redução das desigualdades” e “promoção da igualdade de gênero”, respectivamente.

Frases como “você acha que porque é negra pode usar o cabelo que quiser?”; “você é parente do réu?”; “você é Advogada mesmo? Com a OAB e tudo? Posso ver sua carteirinha?”; “você não parece uma Advogada” e outras frases, são ouvidas todos os dias por advogadas negras nesse país e refletem o racismo nas instituições que compõe o sistema de justiça. O evento reuniu juristas negras que se juntam para combater o racismo institucional.

Para o juiz do trabalho José Roberto Coelho Junior, titular da Vara do Trabalho de Rolim de Moura, ações que busquem uma solução disruptiva e que fomente estratégias para promover a redução de desigualdades sociais e promoção de uma cultura de diversidade e inclusão, devem ser incentivadas. “É necessário o comprometimento no combate ao racismo estrutural, que é uma problemática que envolve as desigualdades sociais e nosso propósito é gerar o impacto social através da equidade racial”, disse o magistrado. 

Secom/TRT14 (Colaboração: Jorge Batista/VT de Rolim de Moura)

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