Dirigentes de Escolas Judiciais defendem Justiça do Trabalho em Carta de Salvador


O Conematra é presidido pelo desembargador Bento Herculano Duarte Neto, presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Norte - TRT-RN.
Carta de Salvador
1 - A existência de direitos trabalhistas configura-se essencial para que se tenha uma sociedade num patamar civilizatório mínimo, com prestígio à iniciativa privada, mas com respeito e preservação dos valores sociais do trabalho, visando à preservação da dignidade humana.
2 - Assim, o Direito do Trabalho, que deve acompanhar a evolução tecnológica, social e econômica, há de ser preservado, sob pena de se ter o aprofundamento da desigualdade social, com consequências graves que irão afetar a paz social e prejudicar o desenvolvimento econômico do país.
A precarização das relações de trabalho, em algum momento, desembocará num estado de profundo empobrecimento e desagregação, algo não desejado por qualquer segmento da sociedade.
3 - Por outro lado, a exemplo da maioria dos países desenvolvidos (Alemanha, Grã-Bretanha, França, Austrália, Suécia, Israel, etc.), o Brasil conta com uma Justiça Especial do Trabalho cuja missão é solucionar conflitos e promover justiça social, particularmente restando essencial em um país com tantas desigualdades.
4 - Nesse contexto, reafirma-se a necessidade de preservação de um modelo que há muito tem funcionado de forma efetiva e promovido justiça social.
5 - De tal forma, repudiando aqueles que agem em contrário, aqui se reitera que o direito do trabalho e a Justiça do Trabalho, buscando propiciar uma relação justa e equilibrada entre o empreendedorismo e o labor, hão de ter a firme defesa por parte daqueles que possuem responsabilidade e sensibilidade social e atuam diretamente na sua efetivação, espaço por onde transitam as escolas judiciais e de magistratura.
CONEMATRA
Fonte: Conematra / Secom TRT21-RN