Memórias Negras em Foco: TRT da 14ª Região aprofunda debate sobre equidade racial

Roberta Liana Vieira, palestra sobre “O poder das memórias negras na transformação da Justiça”.

EJUD-14 promove palestra que destaca narrativas afro-brasileiras como fundamento para transformar instituições e fortalecer práticas antirracistas.

Com o tema “Memórias Negras e Justiça”, a Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região (EJUD-14) realizou, no dia 21, um encontro dedicado à reflexão sobre a importância das narrativas, saberes e experiências afro-brasileiras na construção de instituições mais justas, plurais e representativas. A atividade integrou a programação formativa da Escola e reafirma o compromisso do Tribunal com ações educacionais que promovem inclusão e equidade.

Conduzida pela servidora do TRT da 4ª Região, Roberta Liana Vieira, a palestra telepresencial abordou o tema “O poder das memórias negras na transformação da Justiça”. Roberta compartilhou reflexões inspiradas em sua pesquisa e no livro Negras Memórias, destacando contribuições das epistemologias negras e das perspectivas antirracistas para práticas inovadoras e transformadoras no sistema de justiça.

A palestrante apresentou também elementos do projeto que dará origem a uma obra literária, construída a partir de entrevistas coletadas no TRT-4. A iniciativa reúne relatos de trabalhadores e trabalhadoras negros(as), que revelam desafios enfrentados no ambiente institucional e evidenciam a urgência de políticas de reconhecimento, reparação e valorização da diversidade dentro do Judiciário. Roberta reforçou ainda o papel essencial da memória institucional como ferramenta de justiça reparativa e como ponte para ambientes mais acolhedores e equitativos.

A atividade contou com a participação do Juiz Whadle Ferreira, que somou ao diálogo institucional e reiterou a importância de iniciativas voltadas à promoção da diversidade racial, da preservação da memória e da construção de práticas que contribuam para um Judiciário efetivamente plural.

Servidores(as), magistrados(as) e demais participantes — negros(as) e aliados(as) — acompanharam a palestra e dialogaram sobre caminhos possíveis para fortalecer ações de sensibilização, reconhecimento e transformação social. O encontro reforçou que a valorização das memórias negras não apenas ilumina trajetórias silenciadas, mas também inspira mudanças estruturais capazes de tornar a Justiça do Trabalho cada vez mais inclusiva, humana e representativa.


Secom/TRT-14 (Yonara Werri)
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